Ceratocone é uma doença degenerativa dos olhos. A córnea (membrana mais transparente que recobre o olho) tem um afinamento central ou paracentral, que muda sua curvatura e a deixa na forma de cone (ectasia). Dessa maneira, as imagens quando passam pela córnea são distorcidas, o que provoca alterações na visão como miopia e astigmatismo. Geralmente é bilateral e assimétrica.
Diagnóstico
Tem incidência rara, é diagnosticado um caso a cada mil indivíduos. Costuma ser descoberta na adolescência, com o estágio mais grave ocorrendo entre os 20 e 30 anos de idade. Não tende a causar cegueira total, mas seu agravamento pode prejudicar a visão, o que dificulta a realização das tarefas do dia a dia.
Causas do ceratocone
É hereditário. Quem tem casos na família, principalmente parentes de primeiro grau, possui maior tendência a desenvolver a doença. Alérgicos também estão no grupo de risco, uma vez que o ato de coçar os olhos está associado ao desenvolvimento do ceratocone.
Sintomas
A doença costuma surgir em torno dos 16 anos. Entre os indícios estão visão embaçada, hipersensibilidade à luz; dificuldade contínua e crescente de enxergar (aumento progressivo do grau de astigmatismo irregular ou miopia); visão dupla; dor de cabeça; coceira no olho.
Bastante similares a qualquer outro problema de visão, só que o ceratocone costuma piorar muito rapidamente, obrigando a troca constante de óculos e lentes. Por isso a importância de se consultar periodicamente com um oftalmologista, que pode desconfiar do diagnóstico e pedir os exames de avaliação, como topografia corneana (ceratoscopia).
Tratamento
Entre as alternativas estão: óculos e lentes de contato com materiais e curvaturas especiais, que permitem maior qualidade de visão. Há ainda a possibilidade de cirurgia, entre os métodos estão crosslink da córnea, o implante de anel estromal e o transplante de córnea (lamelares e pentrantes).
A escolha por um ou outro tratamento vai depender do grau de evolução do ceratocone e do diagnóstico feito pelo oftalmologista.
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