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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é responsável por cerca de 48% dos casos de cegueira no mundo, sendo que os principais atingidos são os idosos. Caracteriza-se pela opacidade parcial ou total do cristalino, uma espécie de lente natural dos nossos olhos (localizada atrás da pupila, entre o humor vítreo e a íris), o que pode ser corrigido tão somente pela cirurgia de catarata.

Foto: Perchek Industrie

Causas da catarata

  • Catarata senil – É a mais comum. Ocorre devido ao envelhecimento do cristalino geralmente a partir dos 45 anos.
  • Cirurgias intraoculares – Cirurgias de retina e glaucoma, entre outras, podem levar ao surgimento ou acelerar o processo de formação da catarata.
  • Catarata congênita – Presente desde o nascimento. Sua origem pode ser genética ou secundária a infecções durante a gravidez, por doenças como toxoplasmose, rubéola, sífilis, citomegalovírus, herpes, entre outros. 
  • Catarata traumática – Devido ao trauma contuso direto nos olhos, na face ou traumas perfurantes do globo ocular.
  • Doenças – como diabetes, doenças renais e inflamações oculares como uveítes.
  • Catarata secundária a drogas – alguns remédios usados de forma contínua podem facilitar o surgimento da catarata como a prednisona e outros corticóides, e o uso prolongado de estatinas (medicamento usado no tratamento do colesterol alto).

Sintomas

Visão turva ou embaçada; diminuição da sensibilidade às cores e ao contraste; visão dupla em um dos olhos (diplopia monocular); aumento de sensibilidade à luz (fotofobia); alteração frequente dos erros refrativos, com mudança frequente de óculos; diminuição da visão noturna.

Cirurgia de Catarata

A correção é feita com a quebra e a aspiração do cristalino opaco por meio de um aparelho de ultrassom (facoemulsificação). Em seguida, a partir de uma microincisão de 2,4 a 2,8 mm, implanta-se a lente intraocular dobrável. No total, dura algo em torno de 15 a 30 minutos.

A anestesia utilizada na cirurgia é tópica, com colírios e anestésicos intraoculares, associada a sedação do paciente. Geralmente, não é necessário dar pontos, pois são feitas incisões autosselantes. No entanto, dependendo do intra-operatório, o cirurgião pode optar por dar alguns pontos como segurança. A alta costuma ocorrer no mesmo dia do procedimento.

Recuperação é diferente para cada paciente, mas normalmente, após uma semana a maioria dos pacientes consegue retornar às suas atividades diárias (o ideal é se ausentar do trabalho por esse tempo) e após cerca de um mês os olhos e a visão já estão completamente restabelecidos. Somente depois desse período a ida à piscina está liberada, quando houver uma cicatrização praticamente total. No pré e pós-operatório não é recomendável usar maquiagem, e os olhos devem ser lavados com shampoo neutro e água, para evitar o risco de infecção.

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(Fonte:ABCCR)

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